quinta-feira, 30 de junho de 2022

DANIEL NA COVA DOS LEÕES:

E pareceu bem a Dario constituir sobre o reino, 
a cento e vinte presidentes, 
que estivessem sobre todo o reino;
E sobre eles três príncipes, dos quais Daniel era um, 
aos quais estes presidentes dessem conta, 
para que o rei não sofresse dano.
Então o mesmo Daniel se distinguiu, 
destes príncipes e presidentes, 
porque nele havia um espírito excelente; 
e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
Então os príncipes e os presidentes procuravam, 
achar ocasião contra Daniel, a respeito do reino; 
mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma, 
porque ele era fiel, 
e não se achava nele nenhum vício nem culpa.
Então estes homens disseram: 
Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, 
se não a procurarmos, contra ele, na lei do seu Deus.
Então estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei, 
e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive para sempre!
Todos os príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, 
capitães e governadores, tomaram conselho, 
a fim de estabelecerem um édito real, 
e fazerem firme este mandamento: 
que qualquer que, por espaço de trinta dias, 
fizer uma petição a qualquer deus, 
ou a qualquer homem, e não a ti, ó rei, 
seja lançado na cova dos leões.
Agora, pois, ó rei, confirma o édito e assina a escritura, 
para que não seja mudada, 
conforme a lei dos medos e dos persas, 
que se não pode revogar.
Por esta causa, o rei Dario assinou esta escritura e édito.
Daniel, pois, quando soube, 
que a escritura estava assinada, entrou em sua casa 
(ora havia no seu quarto janelas abertas, 
da banda de Jerusalém), 
e três vezes no dia se punha de joelhos, 
e orava e dava graças diante do seu Deus, 
como também antes costumava fazer.
Então aqueles homens foram, juntos, 
e acharam a Daniel orando, 
e suplicando diante do seu Deus.
Então se apresentaram, e disseram ao rei: 
No tocante ao mandamento real, 
porventura não assinaste o édito, 
pelo qual todo o homem que fizesse uma petição, 
a qualquer deus, ou a qualquer homem, 
por espaço de trinta dias, e não a ti, ó rei, 
seria lançado na cova dos leões? 
Respondeu o rei, e disse: Esta palavra é certa, 
conforme a lei dos medos e dos persas, 
que se não pode revogar.
Então responderam, e disseram diante do rei: 
Daniel, que é dos transportados de Judá, 
não tem feito caso de ti, ó rei, 
nem do édito que assinaste, 
antes, três vezes por dia faz a sua oração.
Ouvindo, então, o rei o negócio, 
ficou muito penalizado, e a favor de Daniel, 
propôs dentro do seu coração livrá-lo; 
e até ao pôr do sol trabalhou para o salvar.
Então aqueles homens foram, juntos, ao rei, 
e disseram ao rei: Sabe, ó rei, 
que é uma lei dos medos e dos persas, 
que nenhum édito ou ordenança que o rei determine, 
se pode mudar. 
Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, 
e o lançaram na cova dos leões. 
E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, 
a quem tu continuamente serves, ele te livrará.
E foi trazida uma pedra, 
e foi posta sobre a boca da cova; 
e o rei a selou com o seu anel, 
e com o anel dos seus grandes, 
para que se não mudasse a sentença acerca de Daniel.
Então o rei dirigiu-se para o seu palácio, 
e passou a noite em jejum, 
e não deixou trazer à sua presença, 
instrumentos de música; e fugiu dele o sono. 
E pela manhã cedo se levantou, 
e foi com pressa à cova dos leões.
E, chegando-se à cova, 
chamou por Daniel, com voz triste: 
e, falando o rei, disse a Daniel: 
Daniel, servo do Deus vivo! 
Dar-se-ia o caso que o teu Deus, 
a quem tu continuamente serves, 
tenha podido livrar-te dos leões?
Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre!
O meu Deus enviou o seu anjo, 
e fechou a boca dos leões, 
para que não me fizessem dano, 
porque foi achada em mim inocência diante dele; 
e também contra ti, ó rei, 
não tenho cometido delito algum.
Então o rei muito se alegrou em si mesmo, 
e mandou tirar a Daniel da cova: 
Assim foi tirado Daniel da cova, 
e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.
E ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens, 
que tinham acusado Daniel, 
e foram lançados na cova dos leões, 
eles, seus filhos e suas mulheres; 
e, ainda não tinham chegado ao fundo da cova, 
quando os leões se apoderaram deles, 
e lhes esmigalharam todos os ossos.
Então o rei Dario escreveu a todos os povos, 
nações e gente de diferentes línguas, 
que moram em toda a terra: A paz vos seja multiplicada;
Da minha parte é feito um decreto, 
pelo qual, em todo o domínio do meu reino, 
os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; 
porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, 
e o seu reino não se pode destruir; 
o seu domínio é até ao fim.
Ele livra e salva, 
e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; 
Ele livrou Daniel do poder dos leões.
Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, 
e no reinado de Ciro, o persa.
-DANIEL:6;1a28-
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