quinta-feira, 12 de outubro de 2023

APARECIDAdoNORTE:

A imagem da Aparecida, 
"apareceu" no rio Paraíba do Sul, em São Paulo;
Na rede dos pescadores João Alves,
Felipe Pedroso e Domingos Garcia.
A imagem de Aparecida,
surgiu uma vez para os pescadores;
No entanto, estima se que a aparição da Maria Virgem, tenha aparecido mais de 2.000 vezes pelo mundo; 
de acordo com o site The Miracle Hunter,
que reúne registros das aparições marianas;
Mas o Vaticano só reconheceu 16 delas.
Outras 28 contam com a aprovação de bispos locais.
 Autora do livro 21 Nossas Senhoras,
que inspiram o Brasil, a jornalista Bell Kranz,
conta que a devoção mariana foi trazida ao Brasil,
já pelas esquadras de Pedro Álvares Cabral;
em um dos barcos foi trazida uma imagem da Aparecida;
chegou essencialmente pelos portugueses,
pelos colonizadores, explica. O Tomé de Sousa 
(primeiro governador-geral do Brasil), 
chegou à Bahia, já com uma imagem na bagagem;
A Senhora da Conceição!
E logo erigiu uma capelinha em Salvador,
que hoje é a grande catedral Conceição da Praia;
Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia.
Cada Estado brasileiro tem sua devoção;
Na Bahia há uma forte devoção,
à Nossa Senhora da Boa-Morte;
Em Minas Gerais, a Senhora da Piedade,
que é a mesma Senhora das Dores.
No Pará, em Belém, temos a manifestação,
à Senhora de Nazaré que anualmente,
leva milhões ao Círio de Nazaré.
No Ceará, a devoção a Senhora das Dores,
em Juazeiro do Norte.
Senhora da Conceição, Senhora das Dores,
Senhora das Candeias; 
a mesma da Candelária e da Purificação;
Senhora Aparecida; que é a mesma Conceição!
O fato é que dada a religiosidade católica inerente, 
à própria construção da nação brasileira;
desde a colonização a Senhora Aparecida,
está presente em todos os momentos de nossa história;
E a ligação brasileira com a senhora Aparecida, 
é umbilical, isto porque,
como bem lembra, a jornalista, Kranz; 
em 1646 o então rei português dom João 4º,
consagrou todo o reino, incluindo aí,
as colônias, a Senhora Aparecida;
217 anos depois do descobrimento do Brasil,
ela apareceu para os pescadores.
 A Senhora Aparecida representa,
a imagem da mãe de Jesus 
(segundo a crença Católica);
E foi encontrada pelos pescadores,
em outubro de 1717, no rio Paraíba do Sul,
na região de Guaratinguetá-SP.
 Naquela época, a pesca não estava nada produtiva,
e ao puxar a rede, os pescadores se depararam,
com a imagem da "santa", porém somente o corpo.
Depois de muitas tentativas falhas,
João Alves jogou a rede no rio novamente;
Não pegou nenhum peixe mas apanhou,
a imagem da Senhora da Conceição,
no entanto, faltava a cabeça;
Ao lançar a rede mais uma vez, pegou a cabeça,
que se encaixava perfeitamente no corpo.
Seria uma imagem da Senhora da Conceição,
feita de terracota, com 36 centímetros de altura,
e 2,5 quilos. Ela veio para os pescadores,
em dois pedaços: Primeiro o corpo,
e, em seguida, a cabeça. Como ela foi "aparecida",
o nome encaixou perfeitamente,
e o episódio foi considerado um milagre.
Pesquisadores acreditam que,
a cor verdadeira da imagem não era negra,
mas que por ficar anos submersa na água,
fez com que ela ficasse escura.
No entanto, em um país,
com grande parta de população negra,
muitas pessoas se viram representadas,
pela imagem, e isso fez com que,
o carinho dos brasileiros fosse ainda maior,
pela senhora Aparecida. Além disso, 
os pescadores apanharam vários peixes,
e tiveram que retornar ao porto,
com medo de a canoa virar.
O trio voltou emocionado com o que presenciou,
e a população considerou o fato, 
como uma intervenção divina.
A imagem foi colocada sobre um altar de paus,
na casa de Filipe Pedroso,
o mais velho entre os pescadores;
Lá, a imagem permaneceu por 15 anos.
Seu filho, chegou a construir um pequeno oratório,
no qual as famílias vizinhas se reuniam,
para rezar o terço e outras orações.
Diante da grande devoção do povo,
a imagem foi transferida para uma capela,
construída no Porto Itaguaçu.
Depois de passar por várias casas,
em 1745 a imagem foi transportada,
para uma capela maior.
 Há mais de mil representações da Maria Vigem,
são muitos nomes, muitas "nossas senhoras";
mas elas todas se referem a uma mesma pessoa;
uma mesma santa católica; 
O que significa que a Aparecida do Norte, 
cuja data se comemora em 12 de outubro,
é uma representação diferente da mesma imagem,
que também pode ser chamada Senhora de Fátima,
Senhora de Guadalupe, Senhora de Lourdes,
e tantas outras.
 Segundo a crença Católica, trata-se de Maria,
uma jovem judia, nascida em Nazaré,
há pouco mais de 2 mil anos,
quando essas terras ao sul de Israel,
eram parte do Império Romano.
Para o cristianismo, ela tem papel fundamental;
tornou-se a mãe de Jesus Cristo.
Acredita-se que ela tinha cerca,
de 15 anos de idade, quando ficou grávida;
pela doutrina cristã, por obra do Espírito Santo,
ou seja, sem ter tido relações sexuais,
com homem algum. Na época, 
Maria já estava prometida em casamento a José,
um carpinteiro da mesma cidade;
homem mais velho, já na casa dos 30 anos.
(Mateus:1;24,25- E José despertando do sonho, 
fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, 
e recebeu sua mulher; E não a conheceu sexualmente, 
até que deu à luz seu filho, o primogénito; 
e pôs-lhe por nome Jesus.)
Fato é que desta gravidez,  nasceria Jesus,
o pilar fundador do cristianismo. 
Mas por que a tradição católica não rende,
a essa mulher, apenas o título de Santa Maria,
e por que são tantas as representações dela,
pelo mundo? Conforme explica a cientista da religião,
Wilma Steagall De Tommaso,
coordenadora do grupo de pesquisa,
Arte Sacra Contemporânea
-Religião e História da Pontifícia, 
Universidade Católica de São Paulo 
(PUC-SP) e membro do Conselho, 
da Academia Marial de Aparecida:
Essas nomenclaturas acabam variando,
 a cada povo, cada região, cada cultura;
por conta de títulos que correspondem,
aos eventos decorrentes de inúmeras situações.
Ela lembra que muitos desses títulos,
são os chamados dogmáticos.
É de onde vem, por exemplo, a nomenclatura,
de Senhora da Imaculada Conceição;
Bula assinada pelo papa Pio IX:
"Declara Maria imune da mancha do pecado original".
Ressalta a pesquisadora.
Ou mesmo a ideia de chamá-la de Virgem Maria,
já que "o Concílio de Latrão, em 649,
preconiza como verdade, a virgindade perpétua", 
da mãe de Cristo.
Há ainda as denominações decorrentes,
dos lugares onde houve uma manifestação,
que deu origem à devoção local;
muitas vezes ampliada a outros povos e locais,
como Aparecida, Guadalupe, Lourdes,
Fátima, Loreto, Montserrat, etc... Complementa ela;
Nomes diferentes são atribuídos à Maria Virgem,
pois estão ligados ao lugar onde ela "apareceu",
acrescenta a vaticanista Mirticeli Medeiros,
pesquisadora de história do catolicismo,
na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
"Não existe algo que determine,
que ela precise necessariamente ser batizada,
com o nome do território da visão, 
mas como inicialmente as aparições são,
uma manifestação de religiosidade popular, 
antes mesmo de passar por toda a análise canônica,
de praxe, é o povo que acaba difundindo,
num primeiro momento, esses títulos.
Os tantos títulos que lhe dão todos têm uma razão.
É a Senhora de Fátima, porque apareceu lá.
É a Senhora do Bom-Parto,
porque auxilia espiritualmente as parturientes.
É a Senhora do Bom-Conselho,
porque tem sempre uma orientação,
a dar aos seus filhos, etc... 
Afirma o pesquisador José Luís Lira;
fundador da Academia Brasileira de Hagiologia,
e professor da Universidade Estadual,
Vale do Aracaú, do Ceará.
E, segundo o Catolicismo, 
todos esses títulos são de uma só "mãe",
porque é "mãe" de toda a humanidade,
e em todos os lugares,
os povos a chamam e representam,
conforme seus costumes e suas tradições.
É claro que para uma veneração pública,
é necessária a aprovação da Igreja.
 Os nomes dedicados a imagem, 
dependem muito da forma como ela apareceu.
Normalmente são dados,
pelo nome do lugar onde ela apareceu,
ou pelas condições em que,
se deram o "aparecimento";
esclarece o padre Arnaldo Rodrigues,
assessor da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
 No Brasil, ela é reverenciada como;
Senhora da Conceição Aparecida,
vestida com um manto azul;
a imagem fica exposta na Basílica, 
da Senhora Aparecida,
em Aparecida, no inteiro de São Paulo.
No dia 12 de outubro, é comemorado,
o dia da Senhora Aparecida, considerada
(Não pelos Evangélicos Pentecostais ),
a padroeira do Brasil.
A devoção pela imagem se iniciou em 1717,
quando a mesma foi encontrada, 
no rio Paraíba do Sul, em São Paulo.
Rapidamente a devoção cresceu,
e atingiu todas as regiões brasileiras,
tornando-se o maior movimento, 
idólatra-religioso do país.
 PADROEIRA DO BRASIL:
Após a realização do Congresso Mariano em 1929, 
os bispos presentes pediram ao Papa Pio XI,
que proclamasse a Senhora Aparecida,
como a padroeira do Brasil.
O pedido foi aceito pelo pontífice,
que aceitou o decreto em 16 de julho de 1930.
O padre José Alves Villela, vigário da Paróquia,
de Santo Antônio de Guaratinguetá;
optou por construir uma nova igreja.
Em 25 de julho de 1745,
a população fez uma grande procissão,
para levar a imagem para a nova igreja.
 Já no dia seguinte, o religioso inaugurou, 
a primeira igreja dedicada a Senhora Aparecida.
Com isso, nasceu o santuário e as bases, 
do povoado de Aparecida. Em 1760, 
a capela foi reformada e recebeu a segunda torre.
A proclamação oficial ocorreu no Rio de Janeiro, 
então capital do Brasil; em 31 de maio de 1931.
O evento contou com cerca de um milhão de pessoas,
que prestaram homenagens à padroeira naquele dia. 
 Relatos históricos dizem,
que a imagem foi encontrada no rio, 
na segunda quinzena de outubro de 1717.
Então, ela não poderia ter sido achada no dia 12;
data em que é comemorado o feriado.
Porém, o dia teria sido escolhido para representá-la,
por ter outros significados simbólicos:
Foi em 12 de outubro de 1492 que Cristóvão Colombo, 
chegou no continente americano;
e, no mesmo dia, em 1822, Dom Pedro I,
se tornou imperador do Brasil.
-Edison Veiga; De Bled-Eslovênia, 
para a BBC News Brasil.
GLOSSÁRIO:
DOGMA: Substantivo masculino.
-1: Ponto fundamental e indiscutível,
de uma crença religiosa.
-2:Princípio ou proposição,
evidente e indiscutível.
-3: Opinião de uma autoridade,
que é aceite sem crítica.
ORIGEM ETIMOLÓGICA: latim: dogma.
ATIS DO GREGO: dógma: 
Atos, opinião, decisão, decreto, sentença.
COLETIVO:dogmática
LENDA: Substantivo feminino.
-1: Narrativa de caráter maravilhoso,
em que um fato histórico se amplifica,
e transforma sob o efeito,
da evocação poética,
ou da imaginação popular; legenda.
MITO: Substantivo masculino. 
-1: Relato fantástico de tradição oral,
ger. protagonizado por seres que, 
encarnam as forças da natureza,
e os aspectos gerais da condição humana; lenda.
-2: Narrativa acerca dos tempos heroicos,
que ger. guarda um fundo de verdade.
-AdaptaçãoDeTexto:ZeniraMMota-
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