dos eventos, e das multidões barulhentas;
Quem me olha de fora, pensa:
Perdeu o brilho, perdeu a vontade!
Mas não é isso;
é que aprendi a escolher;
Aprendi que não precisamos mais,
estar em todos os lugares,
sorrir o tempo todo,
me encaixar onde não me cabe;
Aprendi a não forçar minha presença,
onde o meu coração já não pulsa.
Então, com leveza que antes,
parecia impossível,
me digo: Isso não é mais para mim.
Quem ouve, me julga sem auto-estima;
Não é isso; só quem sabe,
até onde cheguei, lutando sozinha,
entende que o que sinto, não é tristeza,
mas um profundo cansaço;
um desgaste natural
a quem vive por longos anos,
em campo de batalha;
Mas também, a paz de espírito,
de quem não precisa mais,
provar nada à ninguém.
-ZeniraM.M-
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